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Dossiê

v. 6 n. 11 (2017): Janeiro-Junho

Relato de viagem: o livro Apologia da História e o uso de canções no ensino de disciplinas da Área de Teoria e Metodologia da História

DOI
https://doi.org/10.20949/rhhj.v6i11.335
Enviado
dezembro 2, 2016
Publicado
2017-05-29

Resumo

O artigo discute “canções de amor” que narram “rastros” do passado. Relacionamos as músicas com o historiador na interrogação contínua e sofisticada das fontes e visto como o “ogro da lenda” para “farejar carne humana” como apontou Marc Bloch. Problematizamos critérios e clivagens do campo musical e usamos, nas disciplinas, canções diversas, tanto em gêneros, como em temporalidades: Velha Roupa Colorida e Como Nossos Pais de Belchior; Detalhes de Roberto Carlos; Fio de Cabelo de Chitãozinho e Chororó; Tudo que Vai da banda de rock Capital Inicial, e Moldura da banda de forró Desejo de Menina. Refletimos com tais músicas: o papel fundamental dos vestígios no conhecimento histórico; a compreensão de intencionalidades/seletividades da memória; o diálogo entre teoria (perguntas) e o empírico (testemunhos) nas investigações das experiências históricas.

Palavras-chave: Marc Bloch; ensino de História; canções.

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  28. Detalhes (Roberto Carlos / Erasmo Carlos), LP “Roberto Carlos”, CBS, 1971.
  29. Fio de Cabelo (Marciano / Darci Rossi), LP “Somos Apaixonados”, Copacabana, 1982.
  30. Moldura (Byafra), CD “Desejo de Menina”, s.d.
  31. Tudo que Vai (Dado Villa-Lobos / Alvin L. / Tony Platão), DVD “Acústico MTV”, Abril Music, 2000.
  32. Artigo recebido em 2 de dezembro de 2016. Aprovado em 9 de fevereiro de 2017.