No continente africano e na diáspora
negra, têm acontecido movimentos pela
descolonização do saber, a despeito de séculos de reiterações de discursos pseudocientíficos que celebraram supremacias brancas europeias nos espaços de produção e circulação de conhecimentos. Ao longo do século XX, diferentes gerações de pesquisadoras/es, estudantes e ativistas mobilizaram empreendimentos intelectuais de profundos impactos políticos dentro e fora das universidades, trazendo à tona a problemática da (re)escrita da História no enfrentamento ao racismo e ao eurocentrismo. Neste artigo, discutimos as formas pelas quais a pesquisa e o ensino de História da África têm se relacionado com práticas de autoemancipação, autogestão e autorrepresentação por meio de experiências no Brasil e na África do Sul.