Este artigo analisa a estruturação do sistema educacional formal da cidade de Cabo Frio ao longo do século XX com ênfase no período compreendido entre as décadas de 1950 e 1970 quando foram implantadas duas propostas educacionais novas na cidade: as Escolas Praianas, implantadas pelo governo Amaral Peixoto, e a Escola 20 de Julho implantada pela Álcalis no início da década de 1960. Esse período coincide com o aumento de produtividade das salinas, o “boom salineiro” e com o momento de maior organização por parte dos trabalhadores da cadeia produtiva do sal que lutavam por seus direitos, inclusive o acesso ao ensino formal. A experiência vivida por aqueles trabalhadores, analisada em perspectiva com o aumento do número de vagas nas escolas e com os novos projetos educacionais propostos, traz uma série de elementos que contribuem para pensar caminhos para o ensino da História Regional hoje.