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Dossiê

v. 13 n. 27 (2024): Janeiro-Junho

“Por que são elas pipiras?”: ensino de história a partir das experiências de mulheres trabalhadoras em fábricas têxteis no Piauí e Maranhão

DOI
https://doi.org/10.20949/rhhj.v13i27.1117
Enviado
agosto 31, 2023
Publicado
2024-05-22

Resumo

Ao final do século XIX, os estados do Piauí e Maranhão abrigavam um total de onze fábricas de fiação e tecelagem de algodão, caracterizando um polo industrial têxtil com fortes conexões. Em território maranhense, cinco dessas fábricas estavam instaladas na capital São Luís, outras quatro em Caxias e uma em Codó. No Piauí, havia somente uma fábrica na capital Teresina. As mulheres eram numericamente expressivas e exerciam um papel de destaque na indústria têxtil em ambos os estados, sendo posteriormente identificadas pela alcunha de pipira. A referência era uma ave homônima, bastante comum na Amazônia e na região Meio Norte do país, mas que logo se desdobrou em outros significados, bastante ofensivos às operárias. Desse modo, o presente artigo analisa como esse apelido surgiu e se consolidou enquanto representação social sobre essas mulheres trabalhadoras, também refletindo sobre as possibilidades de intervenção pedagógica no ensino de história a partir desse estudo, com foco na Educação Básica.