As pesquisas em ensino de história tendem a evidenciar a importância das questões de temporalidade e de identidade para a reflexão sobre os processos de produção e de distribuição desse conhecimento. O professor de História é sistematicamente interpelado e convocado a contribuir na construção e fixação de identidades por meio da mobilização de experiências (passado) e projetos (futuro) coletivos e individuais selecionados como conteúdos a serem ensinados em cada presente. Em diálogo com as teorizações do discurso e os estudos narrativos, este texto tem por objetivo explorar os jogos do tempo que articulam passado, presente e futuro nas narrativas identitárias hegemonizadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais de História que tem como leitor potencial o professor desta disciplina.