Este artigo é fragmento da dissertação “Ìtàn – oralidades e escritas: um estudo de caso de cadernos de hunkó e outras escritas no Ilè Aṣé Omi Larè Ìyá Sagbá”, na qual analiso as redes educativas construídas no terreiro de candomblé Ilè Aṣé Omi Larè Ìyá Sagbá partindo dos ìtàn (histórias de òrìṣà) como narrativa histórica que dá sentido à religião, bem como dos cadernos/diários de crianças e adolescentes candomblecistas, que registram por escrito aquilo que é aprendido nos cotidianos desse terreiro. A língua yorubá surge como ponto comum nesses cadernos/diários, através dos ìtàn, das aduras (rezas), e dos glossários. As análises desses registros escritos e as configurações dos textos nos cadernos/diários serão apresentadas neste texto, que busca refletir sobre o aprender no terreiro e o aprender na escola.