Este ensaio discute as restrições verificadas no cotidiano acadêmico das áreas de Ciências Humanas no Brasil no que tange aos métodos quantitativos. Desenha-se um histórico da questão em seus aspectos epistemológicos, culturais e políticos e avalia-se a conjuntura atual em que as demandas científicas e sociais bem como os recursos tecnológicos recolocam o debate. Argumenta-se em favor das possibilidades analíticas dos métodos quantitativos para tratar desde outro ângulo questões que, no campo do ensino de História, vêm sendo trabalhadas quase exclusivamente por abordagens qualitativas, sobretudo estudos de caso. Procura-se demonstrar esses argumentos com a apresentação e discussão de alguns dados quantitativos no campo do ensino e aprendizagem histórica escolar e com o relato do uso desses dados em atividades de formação docente, terminando com a indicação de possibilidades futuras para o aprofundamento dessa relação.