O artigo apresenta os resultados de uma pesquisa acerca da construção de memórias sobre as Ditaduras em duas das cidades mais afetadas pela repressão na América Latina: São Paulo e Buenos Aires. A pesquisa foi realizada em 2013 e contou com a participação de 101 jovens estudantes que cursavam o último ano da escolarização obrigatória do seu país em escolas públicas de ambas as cidades. Os jovens que participaram da pesquisa não viveram diretamente esse passado, mas lhe conferem diferentes sentidos na tomada de decisões no presente, revelando como as políticas públicas de memória são incorporadas nos espaços educativos, como parte de uma consciência histórica.