O artigo discute o ensino de história com base no conceito de história pública como comprometimento com a produção, divulgação e compartilhamento de passados vivos, no sentido de construção da consciência histórica e compromisso com a democracia. Para que o professor possa orientar em sala de aula o acesso aos testemunhos públicos disponibilizados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) nas redes sociais, o artigo propõe reflexões e sugestões, a fim de que os alunos possam compreender as diferentes narrativas de vítimas e perpetradores de forma sistematizada e sob olhar histórico e ético. Desta forma, pretende-se contribuir para que discursos, principalmente os defendidos pelos agentes da repressão e que estão circulando sem ponderação histórica, sejam analisados como disputas de memória e poder, de forma a combater distorções, revisionismos e negacionismos sobre experiências sensíveis.