O presente artigo, na perspectiva dos estudos
sobre ensino de História Local,
aborda elementos dos processos que estruturaram
uma narrativa mistificada e
seletiva acerca dos trabalhadores pobres
dos pequenos municípios de Figueira-
-PR e Tejupá-SP. Propõe-se, assim, um
duplo foco na História do Trabalho e na
História Local como forma de enfrentamento
das prescrições curriculares rígidas
na construção de espaços de ressignificação
da aprendizagem escolar de
História. Centrando-se nos conceitos de
memórias e identificações, o ensino de
História é entendido como um espaço
de superação das tradições seletivas, que
distorcem a realidade. Dessa maneira,
defende-se um ensino escolar de História
que possibilite aos alunos da Educação
Básica a condição de perceber os
sentidos das narrativas que circundam
sua vivência e, a partir disso, proporcione
a formação de indivíduos capazes de
agir de maneira crítica e autônoma.