
O artigo analisa as potencialidades teóricas e metodológicas do uso da literatura no ensino de história, em uma problematização da descrição, subjetividade e profundidade dos sujeitos e contextos históricos no ensino da disciplina. A partir da análise de trechos e autores que estudam as propostas curriculares da BNCC, o ensino e currículo de história ainda são pautados por uma postura fria, desinteressada e distante frente ao passado e seus agentes. Sustentada em uma visão macrológica e objetiva do conhecimento histórico, é criticada a partir de Durval Muniz Albuquerque Jr. e Antoine Compagnon, por ver nos aspectos artísticos e empáticos da literatura a renovação do campo. Para isso, são analisadas as obras de Sidney Chalhoub e Carolina Maria de Jesus, propondo dar novos rostos e sentidos a dois temas centrais a historiografia e sociedade brasileiras: a escravidão e a desigualdade social.
Palavras-chave: Ensino de história. Currículo escolar. Educação empática.