Partindo de problematizações recentes sobre
a disciplina História, realizamos neste
artigo a análise de 277 discursos sobre a
história do Brasil escritos por jovens de
idade entre 12-24 anos da cidade de Ponta
Grossa, no Paraná. Para operacionalização
das fontes, utilizamos de alguns softwares
para dispor os discursos em um
grafo, que foi organizado a partir da relação
estabelecida entre as diversas palavras
que formam o conjunto discursivo. Cotejamos
o produto da análise com problematizações
acerca dos conceitos de “presentismo”
e “atualismo”, na perspectiva
de compreender o regime de historicidade.
Os resultados expressam que menções
ao futuro e efeitos do conhecimento histórico
para fins práticos de orientação temporal
não são mobilizados diretamente no
discurso histórico dos jovens. Além disso,
é nítido que as parcas alusões a uma ideia
de futuro, assim como as referências ao
passado, são projeções do seu próprio presente,
não apresentando novidade temporal
na relação entre os tempos.