Este artigo tem como objetivo analisar o
debate sobre a ideologia de gênero e o
ensino no Brasil contemporâneo, com
ênfase na sua articulação com aspectos
da racionalidade neoliberal. Partimos da
crítica de Wendy Brown sobre o papel da
família na afirmação do projeto político
neoliberal e avaliamos como a defesa da
liberdade e da família se tornaram fundamentos
da alegação de que existiria uma
ideologia de gênero na educação, ameaçando
a moral e a tradição. Esta pesquisa
foi realizada por meio da análise do debate
parlamentar na Assembleia Legislativa
do Estado do Rio de Janeiro
(ALERJ), entre os anos de 2014 e 2018.