Este artigo traz reflexões sobre a relevância
da utilização de patrimônios construídos,
legados e constituintes de memórias
e histórias da população negra no Rio de
Janeiro – especificamente na região conhecida
como Madureira – no Ensino de
História. Argumenta que o patrimônio
cultural negro, que vem sendo gradativamente
evidenciado em função das transformações
conceituais do termo, pode ser
uma importante ferramenta pedagógica
para uma educação antirracista, por representar
vínculos entre a história e a memória
e enfatizar as relações entre ensino
e pesquisa na escola. Faz isso tendo por
base pesquisa realizada pelo Laboratório
de Ensino de História e Patrimônio Cultural
(LEEHPAC-PUC-Rio) em parceria
com o Instituto de Educação Carmela
Dutra, cujo arcabouço teórico se encontra
situado no campo da História cultural
em diálogo com as recentes abordagens
decoloniais.