O nosso objetivo é evidenciar os mecanismos de apropriação territorial engendrados por meio das relações estabelecidas entre o setor empresarial e os militares que assumiram o poder após do Golpe de 1964 e tramitaram pelos meandros da máquina pública e a partir da análise da imanência das fontes desvelar os nexos constitutivos para a apresentação dos conceitos no ensino de história. Tal processo foi forjado como parte da Ditadura empresarial-militar, tinha o projeto político-econômico de ocupação da Amazônia justificado pelo discurso da necessidade de integrar ao desenvolvimento nacional um espaço que se caracterizava por um vazio demográfico. Ou seja, os diferentes grupos étnicos e inúmeras comunidades tradicionais, habitantes da região desde tempos imemoriais, voltaram, mais uma vez, a ser considerados “não seres”, inexistentes. Para tanto, no ensino de história a diversidade étnico-racial é utilizada a fim de conhecer e reconhecer os direitos dos indígenas sobre seus terri tórios e a constituir-se como um povo, nessa perspectiva estão os Yanomami.