O artigo discute a produção do conhecimento
histórico escolar por meio de
uma prática que permitiu às/aos estudantes
exercitar a pesquisa, a análise crítica,
a interpretação e a construção de
representações qualificadas do passado
no presente. Desenvolvido nos anos finais
do ensino fundamental de uma escola
da rede pública municipal de Belo
Horizonte, o projeto pretendeu instigar
as/os estudantes a identificarem alguns
“lugares de memória” no entorno da escola
para transformá-los em espaços
educativos e de referência histórico-cultural
para a comunidade, a partir de
suas pesquisas e da divulgação de seus
resultados em um website acessado por
meio de QR codes fixados nos locais.
Concluímos que, ao se assumirem como
protagonistas da construção do conhecimento
histórico, professoras/es da educação básica e estudantes não se restringem a ensinar/aprender sobre o passado, mas se apropriam de uma linguagem específica capaz de desnaturalizar conceitos e ressignificar a diversidade de discursos sobre a História.