Possui Graduação em História pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1985), Mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1990),Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2004) e Pós-Doutorado em Didática das Ciências Sociais pela Universitat Autònoma de Barcelona (ES- 2012). Atualmente é professor associado IV da Universidade Federal de Juiz de Fora, tendo sido Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação da UFJF até janeiro de 2011 e membro da Câmara de Pós Graduação da UFJF até 2012. Coordenou a coleção Caminhos da Pesquisa Educacional junto à Editora da UFJF. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Ensino-Aprendizagem e Cultura Escolar, atuando principalmente na pesquisa e docência relativa aos seguintes temas: ensino de história, formação de professores, saberes escolares, práticas sociais de Memória. Nestas áreas, tem orientado alunos de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFJF. Participou, até abril de 2009, do grupo gestor de implantação do curso de Pedagogia da Universidade Aberta do Brasil na UFJF. Coordenou o processo de avaliação de livros didáticos de História do PNLD 2011. É membro do Conselho Editorial do Caderno CEDES, da Revista Educação em Foco, da Revista Instrumento, do SELO MAMM . Atualmente desenvolve pesquisas na área de Práticas de Memória e Aprendizagens da História financiadas tanto pelo CNPq quanto pela FAPEMIG.
O que significa, para a criança, aprender sobre o Tempo, essa plural e intangível marca do humano? Que dificuldades envolvem o manejo de suas múltiplas categorias, bem como a compreensão da ideia de mudança? O que representa, para o professor, o trabalho de dilatação da consciência temporal do jovem num mundo conectado e num tempo acelerado pelas rápidas transformações do presente? Que relações existem entre o modo pelo qual historiadores interpretam o tempo e aquilo que fazemos com tais ferramentas interpretativas no espaço da sala de aula com nossos estudantes? Que permeabilidades e diálogos a sala de aula pode construir para com as camadas temporais que se dispõem para cada um de nós no mundo que circunda a escola e que pulsam ao nosso redor? O que significa educar o olhar para a percepção de tais camadas temporais, entre visibilidades e invisibilidades? Afinal de contas, por que aprender o tempo histórico é algo tão denso e segue sendo tão desafiador para muitos professores? Estas e outras perguntas estiveram sob a esteira de construção deste artigo, cujo objetivo principal é problematizar o tratamento da questão da temporalidade histórica na sala de aula e na escola.