Este artigo traz para o centro do debate
sobre ensino de História Antiga na Educação
Básica as contribuições dos estudos
dos usos do Mundo Antigo aplicados
à literatura de folhetos nordestina. A partir
do estudo do folheto “O poder oculto
da mulher bonita” (Recife, 1924), do
poeta paraibano João Martins de Athayde,
refletiremos sobre como o autor convoca
personagens da antiguidade clássica
para a construção de um perfil ideal de
feminilidade que, em sua perspectiva, deveria
ser seguido pelo seu público. Colocar-
se-á em perspectiva as potencialidades
da construção poética para a
problematização tanto dos usos do passado
clássico quanto para o estudo do
horizonte sociocultural do nordeste brasileiro
no início do século XX, bem como
para a ressignificação do ensino de História
Antiga na Educação Básica.
