O artigo discute a relevância das visitasescolares a museus que tratam das memórias da repressão, especificamente o Memorial da Resistência de São Paulo (São Paulo) e o Museo Sitio de Memoria ESMA (Buenos Aires). A partir de entrevistas com oito professores de história do Brasil e Argentina, apresenta-se como esses docentes mobilizam seus saberes para organizar visitas a esses museus como parte de suas práticas pedagógicas. As entrevistas revelam que os professores consideram essas visitas como uma oportunidade para os alunos vivenciarem de forma mais concreta os eventos históricos estudados em sala de aula. Essas visitas não são apenas complementos ao currículo, mas parte integrante da narrativa histórica construída pelos professores em sala de aula. Ir ao museu permite aos alunos uma experiência sensorial e emocional que contribui para a compreensão e reflexão sobre os temas abordados. Os saberes docentes envolvidos nessas práticas vão além do conhecimento acadêmico, incluindo experiências pessoais, formação profissional.
