O artigo tem como objetivo analisar a construção de uma dada memória nacional, alicerçada na ideia de um panteão da pátria e na edificação de monumentos históricos, para o culto cívico a determinados personagens – os “heróis e filhos ilustres da nação”, geralmente ligados aos segmentos dominantes da sociedade. Ao lado dos museus nacionais, dos arquivos e das bibliotecas e, até mesmo, da instituição da história como disciplina no currículo escolar, consideramos que essa prática de construção de monumentos aos heróis, aliado à instituição de datas comemorativas e efemérides no calendário anual, foi um instrumento usado para se criar entre os cidadãos republicanos um sentimento de pertencimento ao Estado nacional e desenvolvimento de uma consciência cívico-patriótica que começava na escola, mas que deveria se estender a outros espaços públicos da cidade.