O artigo tem como objetivo analisar
uma experiência de ensino com pinturas
corporais guarani na perspectiva da
ecologia de saberes, realizada com estudantes
da 2ª Série do Ensino Médio da
Escola de Aplicação da Universidade
Federal do Pará (EAUFPA), no âmbito
do Projeto Cartografia da Cultura Afro-
-brasileira e Indígena na Amazônia. Tal
experiência, que se organizou por meio
do diálogo entre a Antropologia, as Artes
Visuais, a Matemática e os saberes
corpóreos guarani, avançou na problematização
da história e da cultura indígenas
na educação básica, ao examinar
os grafismos sob a ótica do patrimônio
cultural dos povos originários e do lugar
de memória da presença indígena no
Brasil. Ao final, apresenta-se considerações sobre as contribuições do experimento
pedagógico no campo da educação
intercultural e antirracista.