Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Dossiê

v. 12 n. 24 (2023): Janeiro-Junho

Ao menos aqui, as mulheres têm voz? Temas sensíveis, percursos temáticos e a História da Grécia Antiga para o Ensino Fundamental

DOI
https://doi.org/10.20949/rhhj.v12i24.970
Enviado
agosto 15, 2022
Publicado
2023-04-19

Resumo

Este artigo pretende discutir as possibilidades
de uma história das mulheres e
da família voltada à educação escolar.
Nesse sentido, o texto foi dividido em
duas partes. Na primeira, o objetivo
central é levantar questões historiográficas
e relativas às fontes, que permitam
discutir o conceito de gênero e de uma
história das mulheres e da família na
Grécia Antiga. Na segunda parte, o artigo
apresenta uma proposta de percursos
temáticos e intervenções didáticas que
permitam aos docentes refletirem e estruturarem
conjuntos de aulas que tratem
de uma mesma temática e problema
histórico. Por fim, de acordo com
teorias atinentes ao desenvolvimento do
pensamento histórico, pretende-se
apresentar possibilidades do ensino de
uma História Antiga crítica, voltada às
tensões e dinâmicas do mundo atual.

Referências

  1. Referências:
  2. Documentação escrita:
  3. AESCHINES. Aeschines with an English translation by Charles Darwin Adams, Ph.D. Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1919.
  4. APOLLODORUS. The library of Greek mythology. Tradução Robin Hard. Reissued as paperback ed. Oxford: Oxford University Press, 1998. (The world’s classics).
  5. APOLODORO; ONELLEY, G.; CURADO, A. L. Contra Neera [Demóstenes] 59. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013.
  6. ARISTOTLE. Aristotle in 23 Volumes, Vol. 21, translated by H. Rackham. Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1944.
  7. ARISTOPHANES. Ecclesiazusae. The Complete Greek Drama, vol. 2. Eugene O'Neill, Jr. New York. Random House. 1938.
  8. ________. Lysistrata, with the English translation of Benjamin Bickley Rogers, Volume 3. Oxford University Press; second edition, 1922.
  9. _______. Aristophanes. Women at the Thesmophoria. The Complete Greek Drama, vol. 2. Eugene O'Neill, Jr. New York. Random House. 1938.
  10. DEMOSTHENES. Demosthenes with an English translation by A. T. Murray, Ph.D., LL.D. Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1939.
  11. ________. Demosthenes with an English translation by Norman W. DeWitt, Ph.D., and Norman J. DeWitt, Ph.D. Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1949.
  12. ISAEUS. Isaeus with an English translation by Edward Seymour Forster, M.A. Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1962.
  13. PLUTARCH. Plutarch's Lives. with an English Translation by. Bernadotte Perrin. Cambridge, MA. Harvard University Press. London. William Heinemann Ltd. 1916.
  14. PLATO. Plato in Twelve Volumes, Vol. 12 translated by Harold N. Fowler. Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1921.
  15. _______. Plato in Twelve Volumes, Vol. 9 translated by W.R.M. Lamb. Cambridge, MA, Harvard University Press; London, William Heinemann Ltd. 1925.
  16. XENOPHON. Xenophon in Seven Volumes, 4. E. C. Marchant. Harvard University Press, Cambridge, MA; William Heinemann, Ltd., London. 1923.
  17. ________. Xenophon in Seven Volumes, 4. Harvard University Press, Cambridge, MA; William Heinemann, Ltd., London. 1979.
  18. Bibliografia:
  19. ABREU, Cíntia B. de. Também com memes se ensina e se aprende história: uma proposta didático-histórica para o Ensino Fundamental II. Rio de Janeiro: dissertação de mestrado. Orientadora: Sônia Wanderley, 2020.
  20. ANDRADE, Marta M. de. Política e visibilidade: o elogio das mulheres em contextos funerários atenienses (sécs. V-IV a.C.). Mare Nostrum (São Paulo), v. 5, n. 5, p. 1–17, 12 dez. 2014.
  21. ANDRADE, Marta M. de. Aspásia: o amor e palavra. In: REDE, M. (Org.). Vidas antigas: ensaios biográficos da antiguidade. São Paulo: Intermeios, 2019. p. 35–50.
  22. ARAÚJO-OLIVEIRA, Anderson. Pourquoi enseigne-t-on les sciences humaines et sociales au primaire? In: LAROUCHE, M.-C.; ARAÚJO-OLIVEIRA, A. (Org.). Les sciences humaines à l’école primaire québécoise: regards croisés sur un domaine de recherche et d’intervention. Québec (Québec): Presses de L’Université du Québec, 2014. p. 175–196.
  23. ARAÚJO-OLIVEIRA, Anderson. Le processus de problématisation dans l’enseignement des sciences humaines au primaire. In: ARAÚJO-OLIVEIRA, A.; CHOUINARD, I.; PELLERIN, G. (Org.). L’analyse des pratiques professionnelles dans les métiers relationnels: perspectives plurielles. Québec (Québec): Presses de l’Université du Québec, 2018. p. 187–210.
  24. AZEVEDO, Sarah F. L. de. A ética da monogamia e o espírito do feminicídio: marxismo, patriarcado e adultério na Roma Antiga e no Brasil Atual. História (São Paulo), v. 38, p. 1–19, 2019.
  25. BAKOGIANNI, Anastasia. O que há de tão ‘clássico’ na recepção dos clássicos? Teorias, metodologias e perspectivas futuras. CODEX -- Revista de Estudos Clássicos, v. 4, n. 1, p. 114–131, 30 jun. 2016.
  26. BRASIL. Base Nacional Curricular Comum. Brasília: MEC, 2019.
  27. CANDAU, Vera Maria F.; MOREIRA, Antônio F. (Org.). Multiculturalismo: Diferenças culturais e práticas pedagógicas. Edição: 10a ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2013.
  28. CARDOSO, Ciro Flamarion. Narrativa, sentido, história. Campinas: Papirus, 1997.
  29. CARRETERO, Mario; LOPEZ, Cézar. Estudios cognitivos sobre el conocimiento histórico: aportaciones para la enseñanza y alfabetización histórica. Enseñanza de las ciencias sociales: revista de investigación, p. 75–89, 2009.
  30. CERTEAU. Michel De. A Invenção do cotidiano. Artes de fazer. Petrópolis, Vozes, 1994.
  31. COELHO, Ana Lucia S.; BELCHIOR, Ygor K. BNCC e a História Antiga: Uma possível compreensão do presente pelo passado e do passado pelo presente. Mare Nostrum, v. 8, n. 8, p. 62–78, 9 out. 2017.
  32. COHEN, Edward. Athenian Prostitution: The Business of Sex. Oxford, Oxford University Press; Reprint edition, 2018, p.714-735.
  33. CRENSHAW, Kimberle. A interseccionalidade da discriminação de raça e gênero. 2002. Cruzamento: raça e gênero. UNIFEM, 2004.
  34. CUCHET, Violaine Sebillotte. O que o gênero faz na Antiguidade Grega (séculos V e IV a.C). In: Imagem, Gênero e Espaço: Representações da Antiguidade. Niterói: Editora Alternativa, 2014.
  35. DARGAN, O.P. (Sister Mary Faith). The Interplay of Ethos and Legal Issues in Certain Private Orations of Demosthenes. [Portions of Text in Greek]. The Ohio State University, Ph.D., 1970.
  36. DETIENNE, Marcel. Comparar o Incomparável. São Paulo: Ideias & Letras: 2004.
  37. DOVER, Kenneth J. A homossexualidade na Grécia antiga. São Paulo: Nova Alexandria, 1978, p. 160.
  38. ENGESTRÖM, Yrjö. Studies in expansive learning: learning what is not yet there. New York: Cambridge Univesity Press, 2016.
  39. FALAIZE, Benoît. L’enseignement des sujets controversés dans l‘école française : les nouveaux fondements de l’histoire scolaire en France ? Revista Tempo e Argumento, v. 6, n. 11, p. 193–223, 27 maio 2014.
  40. FARAONE, Christopher A., and Laura K. McClure, eds. Prostitutes and Courtesans in the Ancient World. Madison, 2006, 221-222.
  41. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio Janeiro: Paz & Terra, 1967.
  42. FREITAG, Michel. Pour un dépassement de l’opposition entre “holisme” et “individualisme” en sociologie. Revue européenne des sciences sociales, v. 32, n. 99, p. 169–219, 1994.
  43. GROSFOGUEL, Ramón. The epistemic decolonial turn: Beyond political-economy paradigms. Cultural Studies, v. 21, n. 2–3, p. 211–223, mar. 2007.
  44. JUST, Roger. Women in Athenian Law and Life. London, Routledge, 1989.
  45. KOSELLECK, Reinhart. Uma história dos conceitos: problemas teóricos e práticos. Revista Estudos Históricos, v. 5, n. 10, p. 134–146, 30 jul. 1992.
  46. KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro (RJ): Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2006.
  47. LAVILLE, Christian. A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História. Revista Brasileira de História, v. 19, n. 38, p. 125–138, 1999.
  48. LEITE, Priscilla. G. O Ensino de História Antiga no Brasil: Percepções a partir das propostas da BNCC. In: NETO, J. M. G. DE S.; MOERBECK, G.; BIRRO, R. M. Antigas Leituras: ensino de História. Recife/Rio de Janeiro: EDUPE/Autografia, 2020. p. 93–113.
  49. LENOIR, Yves. L’enseignement des sciences humaines et sociales au primaire: face à la déliquescence de l’humain et du social, vers une reconceptualisation épistémologique des fondements. In: LAROUCHE, M.-C.; ARAÚJO-OLIVEIRA, A. (Org.). . Les sciences humaines à l’école primaire québécoise: regards croisés sur un domaine de recherche et d’intervention. Québec (Québec): Presses de L’Université du Québec, 2014. p. 301–327.
  50. LESSA, Fábio de Sousa. O Feminino em Atenas. Rio de Janeiro: Mauad, 2004.
  51. LISSOVOY, Noah de. Decolonial pedagogy and the ethics of the global. Discourse: Studies in the Cultural Politics of Education, v. 31, n. 3, p. 279–293, 1 jul. 2010.
  52. LUCAS, J. S. Historical Thinking is Unnatural, and Immensely Important: An Interview with Sam Wineburg. Historically Speaking, v. 7, n. 3, p. 39–42, 2006.
  53. MACDOWELL, Douglas M. The Law in Classical Athens: Aspects of Greek and Roman life. New York: Cornell University Press, 1986.
  54. MIGNOLO, Walter D.; WALSH, Catherine E. On Decoloniality: Concepts, Analytics, Praxis. Durham: Duke University Press, 2018.
  55. MORALES, Fábio. A. Por uma didática da História Antiga no Ensino Superior. Mare Nostrum, v. 8, n. 8, p. 79–114, 9 out. 2017.
  56. NETO, José. M. G. de S. Deuses do Egito (2016): Uma narrativa fílmica da civilização branca. Revista TransVersos, v. 0, n. 16, p. 21–44, 2019.
  57. NETO, José. M. G. DE S.; MOERBECK, Guilherme; BIRRO, Renan M. (Org.). Antigas Leituras: Ensino de História. Recife/Rio de Janeiro: EDUPE/Autografia, 2020. v. 1.
  58. PEREIRA, Nilton M.; SEFFNER, Fernando. Ensino de História: passados vivos e educação em questões sensíveis. Revista História Hoje, v. 7, n. 13, p. 14–33, 26 nov. 2018.
  59. RODRIGUES JUNIOR, Osvaldo. “Por que um canal do YouTube mentiria?”: a relação entre os estudantes do ensino médio e os conteúdos históricos divulgados no YouTube. Revista História Hoje, v. 11, n. 22, p. 366–388, 2022.
  60. RÜSEN, Jörn. Jörn Rüsen e o ensino de história. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Resende (Orgs). Curitiba: Editora UFPR, 2011.
  61. Curitiba Paraná: Editora UFPR, 2010.
  62. SALLER, Richard P. “Familia, Domus”, and the Roman Conception of the Family. Phoenix, v. 38, n. 4, p. 336–355, Winter 1984.
  63. SANTOS, Dominique V. C. dos. O ensino de História Antiga no Brasil e o debate da BNCC. Outros Tempos – Pesquisa em Foco - História, v. 16, n. 28, p. 128, 21 jul. 2019.
  64. SANTOS, Roberto E. C. dos. Redes digitais e ensino de História: produção, recepção e aprendizagem por meio da internet na perspectiva da História Pública entre alunos da geração Z e Alpha. Rio de Janeiro: dissertação de mestrado. Orientador: Guilherme Gomes Moerbeck, PPGEH, UERJ, 2022.
  65. SCHOLES, Robert. Semiotics and Interpretation. Bloomsbury: Yale University Press, 1982.
  66. SILVA, Glaydson. J. da; FUNARI, Pedro P.; GARRAFFONI, Renata S. Receptions of Antiquity and Uses of the Past: The Establishment of Distinct Fields and Their Presence in the Brazilian Context. Revista Brasileira de História, v. 40, n. 84, p. 43–66, ago. 2020.
  67. SOUZA, Matheus V. de. O ensino de História Antiga em debate: educação com pluralidade ou tradicionalismo acadêmico? História & Ensino, v. 25, n. 1, p. 571–588, 29 jul. 2019.
  68. VANSLEDRIGHT, Bruce. A. The Challenge of Rethinking History Education. Edição: 1 ed. New York: Routledge, 2010.
  69. VILAR, Pierre. Penser Historiquement. juillet 1987, Ávila. Anais... Ávila: [s.n.], juillet 1987. p. 22.
  70. VLASSOPOULOS, Kostas. Free spaces: identity, experience and democracy in classical Athens. The Classical Quarterly, v. 57, n. 1, p. 33–52, maio 2007.
  71. WALSH, Catherine. Lo pedagógico y lo decolonial: entretejiendo caminos. Querétaro: En cortito que’s palargo, 2014.
  72. WEBERMAN, David. Phenomenology. In: TUCKER, A. (Org.). A Companion to the Philosophy of History and Historiography. New Jersey: Wiley-Blackwell, 2008.
  73. WINEBURG, Sam. Historical Thinking and Other Unnatural Acts: Charting the Future of Teaching the Past. Philadelphia: Temple University Press, 2001.
  74. WINEBURG, Sam. Porque o pensamento histórico não é sobre História. OPSIS, v. 19, n. 2, p. 1–5, 30 dez. 2019.
  75. WINEBURG, Sam.; MARTIN, Daisy; MONTE-SANO, Chauncey. Reading Like a Historian: Teaching Literacy in Middle and High School History Classrooms―Aligned with Common Core State Standards. 2 ed. New York: Teachers College Press, 2012.